
Ao ligarmos a TV é comum que nos deparemos com as mais diversas figuras enchendo o peito em manifestações apaixonadas em nome do conceito e da prática da democracia, ainda mais hoje, em época de não renovação da concessão da RCTV na Venezuela (o que difere de fechamento como divulgou a mídia rançosa e direitista brasileira). Pessoalmente acredito que aquele que defende tal maneira de concepção ideológica de organização política do Estado o faz ou por falta de informação, ou por ingenuidade ou mesmo por má intenção. A palavra de ordem do democrata, seu brasão, é a liberdade. Para o democrata, ser democrata (assim repetitivo mesmo) é ser livre rspeitando a liberade do outro. Afirmam esses paladinos da moral liberal que, somente um Estado democrático de direito pode assegurar a proteção das diversas liberdades individuais, podendo todos gozarem das mesmas oportunidades. Baseiam esse argumento na idéia de que todos podem representar ou serem representados, e que não existe manifestação mais linda, pura e igualitária que um pleito eleitoral, onde o voto do mais pobre tem o mesmo valor e peso que o voto do mais rico. Percebamos a riqueza simbólica desse discurso. Ora... Sinceramente? Esse discurso além de arrepios, me provoca náuseas. Alguém aí realmente acredita nessa parada toda? Afinal, nenhuma frente ideológica serviu melhor a um pequeno grupo de privilegiados quanto o discurso do Estado democrático de direito. Nenhum outro discurso manteve o cabresto mais apertado na cabeça de uma maioria marginalizada e usurpada. Todo esse arcabouço teórico liberal que justifica a prática democrática, caiu feito uma luva aos interesses desse grupo privilegiado que se traveste com um manto de liberdade para que aos olhos da massa assemelhem-se a imagem de o que é ser livre. Pura ilusão de ótica. Enquanto nós compramos em prestações os produtos que nos são oferecidos nas mais vibrantes cores, compramos também a idéia de que somos todos iguais e temos todos os mesmos direitos e chances, possibilitando então, que por fim vivamos em uma democracia. Sabem o que a democracia significa pra mim? Sabem como eu a percebo? - Como uma caverna de Platão. Uma Matrix. Um mundo que colocaram diante de nossos olhos para que não enxerguemos a realidade. A de que somos todos prisioneiros de uma Alcatraz ideológica e cerebral. Nos é vendida a ilusão de que as escolhas são feitas por nós, quando na verdade elas já foram feitas por outros. E qual o nosso papel então nesse processo? - O de justificar. Legitimar. No Estado democrático de direito nosso papel é apenas o de assinar em baixo dessas escolhas. Convencem-nos que numa eleição somos nós quem escolhemos. Dou a vocês minha palavra que isso é das mentiras uma das mais sujas e deslavadas. É público e notório que nossos representantes no Legislativo e Executivo são colocados lá através de lobbies, campanhas milionárias bancadas pelos mais diversos tipos de empresas e grupos de interesse. Todos eles agarrados com unhas e dentes no propósito de eternizarem esse sistema que deixou o pai de seus pais ricos. Ao votarmos, estamos assumindo uma responsabilidade que não é nossa. A responsabilidade de desmandos cometidos em nome do povo, sob a desculpa, de ser nossa a culpa, dos pobres brasileiros sem acesso a educação que não sabem votar ou trocam seu voto por materiais de construção. Mas o cenário já foi produzido de forma premeditada para que funcionasse assim. E é exatamente dessa forma que esse discurso se manifesta numa imprensa podre e vicada como a nossa e a da grande maioria dos países que se camuflam sob a bandeira da democracia. Essa é a própria Matrix da qual falava, não existe escolha, não faz diferença quem será eleito, o sistema existe e a máquina funciona tal qual foi feita para funcionar.
Viva a Ação Direta!!! A forma mais legítima de manifestação e participação política libertária. Não escolha. Aja. Faça você mesmo.
Um comentário:
Esquecendo o fato de que eu sou tua namorada: Tu é meu ídolo.
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